Olá pessoas e seus anjinhos da guarda, recentemente li uma obra que gostei muito e super indico, logo porque eu só soube da existência dessa obra por indicação de outra pessoa, e foi a famosa atriz emma watson, ela participou da série de filmes do harry potter, onde deu vida a hermione granger, uma garota muito inteligente e gente boa, que é a melhor amiga do harry potter é uma das protagonistas. emma watson sempre amou leitura e ela postava isso nas suas redes sociais, um dos temas que ela mais gostava era o feminismo, então ela quase sempre indicava obras que falavam sobre feminismo. Os monólogos da vagina é uma obra interessantíssima e que aborda o feminismo de um jeito sem igual. A autora é ninguém menos que eve ensler, ela é uma dramaturga, autora, performer, feminista e ativista americana. ela é mais conhecida por sua peça os monólogos da vagina. Em 2006, charles isherwood , do jornal the new york times, chamou os monólogos da vagina de "provavelmente a peça mais importante do teatro político da última década".
"Estou na casa de meu pai e ele está dando uma festa no andar de cima. Todos estão bebendo, e eu estou brincando sozinha no térreo. Estou experimentando meu novo sutiã de algodão, que a namorada do meu pai me deu de presente. De repente, o melhor amigo do meu pai, um homem enorme chamado Alfred, aparece atrás de mim, abaixa as minhas calcinhas e enfia seu pênis imenso e duro dentro da minha coochi snorcher (boceta). Eu grito, dou pontapés, tento afastá-lo de mim. Mas como? Ele já está com a sua coisa dentro de mim. De repente, meu pai está lá de revólver na mão. De repente, um barulho alto e horrível. De repente, há sangue por todos os lados"
O prefácio do livro está incrível,tenho certeza que você vai adorar, ele é um livro bem curtinho, que têm umas 120 páginas, (*pelo menos na edição que eu li)e foi transformado em peça de teatro e encenado em alguns teatros dos estados unidos. Os monólogos da vagina, surgiu depois de que a eve ensler entrevistou mulheres de várias idades, etnias, e países diferentes, para entender o que elas achavam da sua vagina, as vezes, ela fazia perguntas simples como: Qual o cheiro da sua vagina? Se sua vagina falasse só duas palavras o que ela diria?
Depois que ela entrevistou essas mulheres e ouviu todos os relatos dela relacionados a sua sexualidade, ela reuniu todos esses relatos e criou os monólogos da vagina com essas informações. É uma obra que fala muito sobre menstruação, parto e até estrupo. Situações que ocorrem com as mulheres. Você vai amar, eve ensler arrassou quando escreveu o livro.
"Eu era negra e pobre.Sangue na parte de trás do meu vestido, durante a missa. Ninguém viu, mas me senti culpada.Eu tinha dez anos. Nenhuma preparação. Um líquido marrom nas calcinhas.Ela me mostrou como usar um tampão. Só consegui enfiar a metade.Associei meu período a um fenômeno inexplicável.Minha mãe mandou que eu usasse um pano.Não, nada de tampões. Você não podia botar nada no seu docinho.
— Use chumaços de algodão — disse a minha mãe, que me comprava bonecas com a cara da Elizabeth Taylor.
Quinze anos. Minha mãe disse: — Mazel tov! — Me deu um tapa no rosto. Eu não sabia se aquilo era uma coisa boa ou má."
Tem uma peça de teatro muito famosa baseada no livro da Eve Ensler, que também é incrível, alguns trechos da peça podem ser encontrados na internet.
Acho a obra super importante pois provoca uma reflexão muito boa, que o nosso corpo fala, ele dá sinais de como está nosso psicológico, nosso físico, nosso espiritual. Provavelmente, uma das obras mais importantes da década, não é a toa que o livro foi muito destacado por um jornal importante, ele mostra a verdade nua e crua sobre a visão que as mulheres tem dos seus corpos, particularmente a sua sexualidade, além de ter umas frases muito boas que são de longe uma inspiração e muito relevantes tanto para quem gosta de feminismo como para quem não curte o tema, a essência da natureza humana também é dissecada de forma minuciosa na perspectiva de várias mulheres de diferentes idades, classes sociais e nacionalidades.
"Se sua vagina se vestisse, o que usaria? Uma jaqueta de couro. Meias de seda. Mink. Um boá cor-de-rosa. Um smoking masculino. Jeans. Alguma coisa bem justa. Esmeraldas. Um vestido de baile. Lantejoulas. Somente Armani. Um tutu de balé. Calcinhas pretas transparentes. Pijama de veludo púrpura. Um vestido de baile de tafetá. Alguma coisa que pudesse ser lavada na máquina. Máscara de baile à fantasia. Angorá. Gravata-borboleta vermelha.Arminho e pérolas. Um enorme chapéu cheio de flores. Um chapéu de leopardo. Um quimono de seda."
Eve Ensler trouxe uma obra única e sem igual que representa todo um gênero.O prefácio também está imperdível, Glória Steinem compartilha suas próprias experiências e nos conta o que ela mesma viveu, além disso, o prefácio introduz e realmente lhe dá uma idéia do que a obra vai falar, ela reflete sobre o feminismo e empoderamento feminino, além de observar que a mulher possuí um único órgão do corpo humano cuja única função é proporcionar prazer, o clitóris. De forma espontânea e bem humorada, Glória descreve sua passagem pela Índia e a primeira vez que viu um yoni, símbolo genital feminino que é um triângulo em forma de flor, nos narra como aprendeu alguns dogmas do tantrismo e budismo - religiões monoteístas populares na Índia - e sobre o movimento Cunt Power (poder da boceta) que algumas feministas criaram décadas atrás, além de relatar uma conversa que teve com uma das mulheres entrevistadas por Ensler, no prefácio você vai sentir como se estivesse conversando animadamente com Glória Steinem, ela vai te contar sobre o que ela vivenciou e descrever de forma conscisa a obra de Eve Ensler.
"Eu desenhei um imenso ponto negro com pequenas linhas delicadas à sua volta. O ponto negro era como um buraco negro no espaço e as linhas significavam pessoas, coisas ou átomos básicos que se perderam por ali. Sempre imaginara minha vagina como um aspirador anatômico que sugava, ao acaso, partículas e objetos do ambiente à sua volta.Sempre vi minha vagina como uma entidade independente, girando como uma estrela em sua própria galáxia. Eventualmente, ela se queimaria em sua própria energia gasosa ou explodiria em milhares de outras vaginas menores, todas elas rodando em suas próprias galáxias."
Se engana quem pensa que está é uma obra sobre reprodução humana, como nos livros de biologia e ciências, longe de destacar apenas o aspecto da reprodução do órgão genital,* é claro que vez ou outra ela aborda o tema; as mulheres falam sobre tudo relacionado a vagina em si: menstruação, pêlos, puberdade, menopausa, estupro, experiências homossexuais, etc. Algumas partes da obra são muito poéticas, e outras são bem diretas, há ainda relatos das diferentes épocas da vida de uma mesma pessoa.
Acho que todo mundo deve saber o que é uma vagina,para quem não sabe explicação está a seguir:
Vagina é uma parte do órgão genital feminino, que consiste num canal muscular de 8 a 10 cm, mas o tamanho vária de mulher para mulher, podendo ser mais larga ou mais estreita. A Vulva é a parte externa do genital feminino, onde estão duas pregas de pele grandes chamados lábios maiores, e dentro delas estão duas pregas de pele mais delicadas: os lábios menores.
Dentro dos lábios menores têm a uretra, a abertura da vagina e o clitóris. O clitóris é o órgão relacionado ao prazer feminino, está localizado acima da uretra e da abertura da vagina, na junção dos lábios menores. A uretra é por onde sai o xixi que vêm da bexiga, e a abertura da vagina é a entrada do canal vaginal, é nele que o pênis é introduzido na penetração e na relação sexual, é por esse canal também que sabem a menstruação e o bebê durante o parto.
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