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Fisiculturista (imagem: internet) |
Meu professor fazia academia e falava que além de bom para a saúde, era também divertido fazer os exercícios ao som de músicas que ele gostava. Me lembro que meus colegas falavam muito sobre isso na hora do recreio, quando iamos para a frente do colégio comprar merenda na Tia Belisário. Tinha também uma velha vendedora de banana, que sempre passava pelo colégio na hora exata do recreio para vender banana. Agente cumprimentava a velha 'Tia da Banana', como apelidaram a vendedora.
Aquela velhinha da banana sempre falava para gente nunca desistir e falava que ela quando começou não tinha nem um cacho de banana para vender, hoje ela vendia montes. Não fui muito namoradeiro na minha época de colégio, na verdade, quase nenhum dos meninos da minha classe era. As meninas eram mais namoradeiras, assim como dizia o refrão daquela música junina "Ela só quer, só pensa em namorar". Até cheguei a gostar de uma pessoa, o nome dela era Clarisse, ela era uma morena escura do cabelo curto, ela era da outra classe, porque na época existiam mais de um 3° ano do ensino médio, porque eram muitos alunos no colégio, e eles dividiram o 3° ano em 3°A, 3°B e 3°C. Como o número de alunos era muito maior do que o número de vagas no colégio, tiveram de separar em 3 turnos: matutino (manhã), vespertino (tarde) e noturno. Além das aulas aos sábados para preparar os alunos para o Enem. Muitos alunos queriam uma vaga naquele colégio, mas as vagas eram limitadas, e muitos ficaram de fora. Então, era da classe 3° B enquanto a Larisse era do 3°C. O dia que a conheci foi num dia que estava matando aula depois do recréio, porque odiava Matemática, Física e Geografia. Depois do recreio , estava sentado nos degraus da arquibancada/palanque no final do corredor, era ali que os professores e diretores discursavam nos dias especias, para uma platéia de alunos de todo o colégio. Quando meus colegas estavam voltando para a classe, vi uma menina morena sentada ali perto, e comecei a explicar para ela que ia matar aula, agente bateu um papo legal. Ela sorria, era carismática , amigável e me passava um boa aparência. Quando me lavanto para ir embora, ela me disse seu nome e me deu seu Whatsapp. Naquela época, estavam cheias de meninas chamadas Larissa, na minha antiga classe tinha duas. Tinha uma Larissa em praticamente toda classe daquele colégio. Tive que correr para chegar ao portão antes dos guardas, e sair de fininho antes que a 'Tia da banana' fala-se para todo mundo que tava matando aula.
Falando da minha vida amorosa, uma vez , tinha uma menina da minha classe que era a 'Betty a feia' da turma. Ela também se chamava Larissa ( tinha uma Larissa em toda classe daquele bendito colégio), a menina era morena, magrinha e com olhos chorosos que davam pena. A família dela devia ser extremamente pobre, e ela era desprezada e chamada de feia, mocréia, esqueleto ambulante, e sirigaita pelas outras meninas. Não era só ela que sofreu desprezo dos colegas, teve uma época que fui muito desprezado e humilhado por ter a cabeça grande demais. Algumas pessoas malvadas até achavam que eu era deficiente. Cheguei a gostar dela, mas confesso que por pena. Ela era muito desprezada por ser feia e magra demais, mas agente nunca namorou oficialmente.
Lá em meados de 2013,2014 quando eu tinha 12,13 anos, rolou uma paixonite rápida com uma outra menina do meu antigo colégio, ela se chamava Maria das Dores, e foi até hoje a paixonite mais duradoura que tive, além da Larisse. Maria das Dores era uma garota de pele parda, olhos e cabelos castanhos, com uma voz suave e era muito brincalhona. Nos encontramos e conversávamos depois da aula, ela sabia onde era minha casa, e me visitava. Eu não sabia o que era estar apaixonado, na época, não sabia nem o que era sexo, flertar, trocar bilhetes amorosos, e tinha nojo de beijar. Dá para você ter uma ideia do que eu era na época, tinha ainda a mente de uma criança, e nunca fui namoradeiro. Junto com meus colegas: Gustavo, Leandro, André, Lucas, Raimundo e Tatá, agente falava de coisas comuns: de jogos eletrônicos, brincavamos de contar piadas, e de como era o interior do Lucas (ele era o único do grupo que morava num interior e vinha de ônibus para a cidade). Lucas nos contava as modas dos caipiras, os dialetos comuns dos caipiras e dos interiores, das crenças e costumes do povo do interior.
Gustavo era o único que conquistava as meninas, tinha uma menina chamada Maria Aparecida que era louca por ele. Ela vivia no pé dele, querendo ajuda dele, e ficar perto dele, enquanto ele bancava o difícil só para fazer graça. O Gustavo inventou de fazer a Maria Aparecida começar a flertar comigo. Ela fingia que gostava de mim e que namorávamos, e me beijava mas era tudo de fachada e de mentira.
Uma tarde, a Maria das Dores veio me visitar e fomos conversar no quintal de casa, ela agia de forma estranha ( acho que esperava que eu tomasse atitude), e depois me beijou e fiquei sem reação, continuamos falando normalmente. Agora, vejo que talvez o que ela esperava era que eu tomasse a iniciativa de pedi-lá em namoro. Mas não aconteceu, porque era imaturo demais. Assim continuamos como o que hoje chamam de 'amizade colorida',logo vim a descobrir isso em 2017. As mulheres quando estão apaixonadas nunca pedem o cara em namoro, quem têm que fazer isso é o menino. Assim, eu e Maria das Dores continuamos amigos. Tudo porque eu burro, imaturo e desleixado não fiz nada. Anos depois, Maria começou a frequentar uma igreja e estava num relacionamento com um vizinho meu. A última vez que a vi, em meados de 2019, ela já estava grávida esperando o segundo filho, e tinha uma filha menor. Desejo tudo de bom para a Maria, que a vida dela seja repleta de felicidade, e que papai do céu a proteja e a suas filhas onde ela estiver.
Tive muita pena da Larissa, porque sabe quando a pessoa é xingada, humilhada, excluida do grupo injustamente,pelo simples motivo dela ser pobre e feia, e ela é uma pessoa boa e sossegada. E a pobrezinha não pode fazer nada para se defender. Dá uma pena muito grande fazerem isso com alguém inocente.
Hoje quando releio nosso histórico de conversas no Facebook, me pergunto o quanto não fui fútil em mentir em vez de falar o que pensava mesmo. Melhor uma verdade que dói do que uma mentira que depois dói mais ainda.
Confesso ainda surto, as vezes, ainda faço pose de fisioculturista no trabalho. Gente, me lembro do dia que li o livro Marley e Eu, e quase chorei no final. Já vi o filme, mas o livro é mais profundo. O cachorrinho conquistou meu coração, e passei a amar os animais depois disso. O mais legal é que a obra foi inspirada nas próprias experiências pessoais do autor, agente vê que o casamento e o nascimento de um filho é um momento muito conturbado, tenso, emlouquecedor, difícil, e nessa época mais difícil da vida do protagonista o cachorro foi o porto seguro que sempre esteve lá para lembrar que tudo ia passar e melhorar, essa época não é fácil para todo mundo, é como naquela velha história das duas pessoas que se odeiam e logo depois, se casam da noite para o dia. Pior ainda é quando há uma pressão por parte da família, dos amigos, ou de alguém para a união, daí você aceita até a mulher "mais feia de todas", ou mais burra do mundo e qualquer criatura feia matuta (que nem aquelas mulheres horrorosas "feia que dói" das novelas da globo, que agente olha e fala: "Coitada, é tão feia que o povo têm dó de falar isso") que cruzar seu caminho, pode ser a drogada mais seca feia ossuda ou gorducha louca dos peitos caídos até a altura da boceta que for, pode ser a cover da monga ( mulher-monstro do folclore), você aceita. Mas depois do Coito/ relação sexual, você percebe que não era tudo isso que você pensava. Outra obra que quase me fez chorar foi A Cabana e A Travessia de William P. Young, no primeiro principalmente pelo desfecho, e pela personificação de Deus, Deus não têm uma forma única, ele é visto como idealizamos e como ele quer aparecer, ele pode ser uma mulher Japonesa, uma mulher negra, um homem tailandês, ou qualquer outra coisa. Já em A Travessia, é emocionante acompanhar um drama de um homem em coma, que reencarna em outra pessoa, isso porque os aparelhos que o mantém vivo iam ser desligados. Deus fez isso para salvar a vida dele e porque tinha um propósito maior para a vida dele.
Precisamos conversar
Hora da confissão, precisamos conversar, não tenho escrevido mais tanto aqui, por questões pessoais, como disse, estudo e trabalho, curso Biologia na federal do meu estado Maranhão, Brasil,na Ufma. Entrei no curso porque tinha um conhecido, no primeiro dia, estava meio perdido procurando minha sala e a coordenação do curso, por acaso, dias depois, quando já tinha encontrado e já estava fazendo as aulas normalmente com meus colegas, encontrei um garoto chamado Thiago, ele também estava perdido e eu o ajudei a emcontrar a coordenação do seu curso, que infelizmente não era o mesmo que o meu, era Agronomia. Nós ficamos muito amigos e esse foi o início de uma grande amizade, conheço um monte de gente de outros cursos além do meu, conheço algumas meninas e meninos: Fátima da Zootecnia, Estephany da biologia só que dos últimos períodos, (ainda sou um calouro, estou no primeiro período, e com o tempo acho que talvez ainda vou conhecer muito mais gente), Aline de Engenharia Agrícola, Danilo o monitor da Biologia. Confesso que não sabia que as esponjas eram seres capazes de se reproduzir a qualquer momento assexuadamente, achei isso fascinante, tão fascinante como os polvos, animais tão misteriosos, assustadores, e que metem medo em muita gente, os polvos soltam um jato de tinta quando ameaçados por outros animais. Todo esse conhecimento veio de um amigo do laboratório de Biologia Celular que muito estimo, João Pedro, somos como irmãos, até mais que irmãos, amizades podem ser complicadas às vezes, mas são mágicas quando são verdadeiras.
Amizades trazem mais leveza para nossa vida, mais amor, mais diversão, mais sorrisos, mais felicidade. O lado ruim da literatura é justamente porque ela pode causar um isolamento, e isso não é bom. Queria postar ainda algumas últimas resenhas de livros que já havia lido antes de sair da literatura; Entre as obras que ainda não foram feitas resenhas estão:
O Pequeno Príncipe - Antoine Saint-Exupéry
A menina que roubava livros - Markus Zusak
A montanha encantada - Maria José Dupré
As aventuras de Huckleberry finn - Mark Twain
Tom Sawyer Detetive - Mark Twain
O monge e o executivo - James C. Hunter
O médico e o monstro ( ou O estranho caso do Dr. Jekil e Mr. Hyde) - Robert Louis Stevenson
Saga Harry Potter - J.K. Rowling
Saga Crepúsculo - Stephanie Meyer
Saga A Seleção - Kiera Cass
Saga Percy Jackson - Rick Riordan
Saga A Mediadora ( não concluído) - Meg Cabot
Capitães da Areia - Jorge Amado
Mar Morto - Jorge Amado
Tieta do Agreste - Jorge Amado
Dona Flor e seus dois maridos - Jorge Amado
Gabriela, Cravo e Canela - Jorge Amado
Tenda dos milagres - Jorge Amado
Terras do sem fim - Jorge Amado
Cacau - Jorge Amado
O menino do dedo verde - Maurice Druon
O Jardim Secreto - Frances Hodgson Burnett
Peter Pan ( Peter e Wendy ou O menino que não queria crescer ) - Sir 'James Matthew' J. M. Barrie
O Mágico de Oz - L. Frank Baum
Como falar corretamente e sem inibições - Reinaldo Polito
Saga Diário de um Banana - Jeff Kinney
Me chame pelo seu nome - André Aciman
Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo - Benjamim Alire Sáenz
A Fantástica fábrica de chocolate - Roald Dahl
Matilda - Roald Dahl
Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll
Alice através do espelho (ou O que ela encontrou por lá) - Lewis Carroll
Saga O Código Da Vinci - Dan Brown
Ela, a feiticeira - Henry Rider Haggard
As minas do Rei Salomão - Henry Rider Haggard
O cão dos Baskervilles, um caso de Sherlock Holmes - Sir Arthur Conan Doyle
Robinson Crusoé - Daniel Defoe
As viagens de Gulliver - Jonathan Smith
As Mil e uma noites - diversos autores
A hora do lobisomem - Stephen King
O iluminado - Stephen King
It, a coisa - Stephen King
Carrie, a estranha - Stephen King
A hora do vampiro (ou Salém) - Stephen King
Joyland - Stephen King
Peças de Shakespeare ( Romeu & Julieta, Macbeth, Rei Lear, A Tempestade, A Megera Domada ) - William Shakespeare
Dom Quixote - Miguel de Cervantes
Os Três mosqueteiros - Alexandre Dumas
O máscara de ferro - Alexandre Dumas
Então, a lista é enorme, faltam muitas obras que já li e não coloquei aqui. Porque na época particularmente estava devorando livros muito rápido, quase toda semana era um diferente, depois veio o declínio e agora o abandono por completo.
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